“O conhecimento como base para o desenvolvimento da cultura do arroz em Angola” foi o tema do AAPArroz, um debate em torno das oportunidades e desafios da produção da cultura do Arroz, decorrido no Instituto Sapiens, cujo encerramento foi efectuado pelo Secretário de Estado para Economia, Ivan Marques dos Santos.
Em representação do Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, Ivan Marques dos Santos disse que a qualificação do capital humano de toda a cadeia de valor do agronegócio, incluindo a banca, é uma das prioridades do país nos próximos cinco anos, para que se possa aumentar a produção e a produtividade.
O Secretário de Estado para Economia garantiu que o Executivo vai continuar a trabalhar para que o sector produtivo tenha infraestruturas de apoio que facilitem o investimento privado.
Segundo o governante “Angola está apostada em tirar o máximo proveito possível dos seus mais de 50 milhões de hectares de terra arável. Para isso, foi institucionalizado o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos, PLANAGRÃO, no qual se prevê a preparação e exploração de 2 milhões de hectares, entre 2022 e 2027, para a produção de fundamentalmente grãos de milho, arroz, trigo e soja e outros cereais, para a promoção da segurança alimentar no País e o fomento da exportação desses grãos para outros países da África Austral”.
até 2027, haja um crescimento médio anual do consumo do arroz na ordem dos 3%, fruto do crescimento da população e dos hábitos de consumo. De acordo com as prioridades estabelecidas 30% da área prevista anteriormente deverá ser alocada a produção do arroz, equivalente a(600 000 hectares)”.
O PLANAGRÃO é um plano quinquenal que irá mobilizar investimentos públicos e privados. Prevê-se, ao longo dos próximos 5 anos (2023-2027), uma disponibilização financeira do Estado de 2 852 mil milhões de Kwanzas, em duas componentes fundamentais. A primeira componente com mais de 1 178 mil milhões de Kwanzas. E a segunda componente com mais de 1 674 mil milhões de kwanzas refere-se ao financiamento do sector privado nacional para produção dos grãos referenciados, reforçando o capital disponível junto do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), assim como do Fundo Activo de Capital de Risco de Angola (FACRA).
O objectivo principal é fomentar a produção nacional de Milho, arroz, trigo, soja e outros cereais em grande escala em Angola, contribuindo para a auto-suficiência e segurança alimentar do país. O AAPArroz foi uma organização da Associação Agropecuária de Angola, Bonsae, Agriheroes, especialistas em Agromarketing e Agroportal.