Empresários franceses querem investir em Angola

Uma delegação de empresários franceses manifestou ontem, 7 do corrente, em audiência concedida pelo ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, interesse em investir no mercado nacional, com predominância para os sectores da energia e água, não obstante existirem outras áreas de interesse onde desejam actuar.

A comitiva francesa foi encabeçada pelo Conselheiro Comercial da Embaixada de França em Angola e Director do Business France Angola/RDC, Benoit Catusse.

A delegação cumpre uma missão empresarial de três dias no país, com o objectivo de reunir com organizações financeiras internacionais e com instituições e empresas angolanas.

Em resposta, o Ministro do Planeamento, Victor Hugo, referiu que o Governo angolano, apesar de ter prioridades estabelecidas até 2027, mais voltadas para a Segurança Alimentar e Capital Humano, não fecha as portas à novas oportunidades de crescimento do país.

Victor Hugo ressaltou a necessidade de ter um desenvolvimento equilibrado do país, e apelou aos empresários a não olharem somente para Luanda, mas também a instalarem negócios, noutras províncias, tendo em conta às áreas prioritárias e as condições para fazer negócio nestas localidades.

O grupo de empresários foi ainda informado dos passos a serem dados para se instalarem no país, seguindo assim, um grupo de empresas de outras geografias que actuam há anos em Angola.

Em jeito de incentivo, o ministro referiu que os financiamentos das instituições internacionais têm sido direccionados ao sector privado.

“Se há uma fábrica de fertilizantes sendo desenvolvida no norte (do país), é um investimento de desenvolvimento no sector privado”, referiu.

Quanto às oportunidades que a instalação destas empresas podem trazer para o país, o ministro afirmou: "A nossa pirâmide de população é bastante rica, temos bastantes jovens e isso é bom para quem quer investir aqui, porque temos mão de obra disponível”.

A vinda ao país é uma iniciativa da Business France. A Business France é um estabelecimento público francês de cariz industrial e comercial criado a 1 de Janeiro de 2015 através de uma fusão entre a Unifrance e a Agência Francesa para o Investimento Internacional.