Novo paradigma do PREI conta com 6 mil milhões de kwanzas para o microcrédito

Cerca de seis mil milhões de kwanzas vão ser disponibilizados no processo de microcrédito no âmbito do novo paradigma do PREI, o Programa de Reconversão da Economia Informal, que desde o seu lançamento em 2021, já financiou 6080 projectos.

A informação foi passada pelo Secretário do Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, durante o briefing bissemanal do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), que está terça-feira, 15 de Agosto, tratou do domínio da economia.

O governante referiu que este novo paradigma, assente num Plano de Acção para o período 2023-2027, está alinhado ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, tendo como objectivo geral contribuir para o crescimento socio-económico e potenciar a promoção do trabalho decente e a redução da pobreza.

Ivan dos Santos explicou que, para assegurar a sustentabilidade do paradigma de transição da economia informal para a economia formal, a implementação do PREI vai passar pela sua cabimentação nas despesas orçamentais a nível dos órgãos da administração local do Estado, de acordo com as prioridades definidas pelo Programa de Governação para o quinquénio 2023-2027.

“Um dos principais objectivos do PREI é a descentralização, levar ao serviço aos municípios. Com isso, vamos utilizar várias cadeias, trazendo o envolvimento das administrações municipais, os BUAPs. Uma abordagem de lojas PREI que vai garantir o próprio início, onde as pessoas vão ter acesso ao cartão de inscrição, e inserção na segurança social, garantir o trabalho digno às pessoas, expansão da formalização, a questão dos moto-taxistas para o processo da formalização, o acesso à capacitação, a certificação, e a adesão a serviços bancários simplificados”, disse Ivan dos Santos.

 O secretário falou ainda sobre a implementação de parcerias público-privadas (PPP) para a gesto dos mercados municipais a nível do país, com vista na melhoria das condições de trabalho dos micro operadores que exercem as suas actividades nos mercados. Para o mesmo efeito, prevêem-se também a modernização e gestão dos mercados existentes, a construção de novos mercados, e a adição de serviços complementares como restaurantes, creches e estacionamento, aos mercados existentes.

Estiveram também presentes no briefing, João Nkosi, PCA do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), responsável pela certificação e capacitação dos agentes económicos recém-formalizados, e o Coordenador da Comissão de Reestruturação do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), Teodoro Poulson, responsável pela operacionalização do microcrédito.