Durante o habitual briefing com a comunicação social, realizada nesta Quinta-feira, 06, na sala de imprensa Carlos Rocha Dilolwa, o Ministério da Economia e Planeamento (MEP) revelou que, de acordo com as contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística, relativas aos primeiros 3 meses deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB), registou um crescimento na ordem dos 0,3%.
Martins Afonso, chefe do Departamento para Gestão e Política Macroeconómica, disse que tal crescimento ficou a dever-se a uma subida verificada no sector não petrolífero, em 2,8%, muito embora tivesse também relatado o registo uma certa contração do sector petrolífero, na ordem dos 8 %.
O desempenho do PIB não petrolífero, no período em análise, foi sustentado maioritariamente pelos sectores dos transportes, que cresceu 27%; da extracção de diamantes e outros minérios, com 22,9%; da energia e água, com 7,80%; do comércio, com 2,5%; do sector agro-pecuário, com 0,9% e outros serviços, com 2,9%.
Já no domínio do comércio, houve um benefício ocasionado pelo sector da indústria transformadora, que ascendeu para a fasquia dos 9,1%, sendo que os bens importados considerados, como deflacionados, representaram 3,7%.
O sector dos transportes registou um crescimento na ordem dos 27,10%. De acordo com as explicações do chefe do Departamento para Gestão e Política Macroeconómica, do MEP, tal resultado deveu-se a um crescimento no domínio de cargas transportadas no sector rodoviário, bem como de passageiros e de carga transportados no sector aéreo, com 152,8%; 100,3% e 21,1%, respectivamente.
Os dados divulgados no briefing da sala de imprensa do MEP revelam também o registo verificado no período em análise, de uma contínua ascensão do sector não petrolífero na economia nacional, na ordem dos 2,8%.
Deste modo, as variações negativas que foram sendo observadas em períodos anteriores, desde 2021, marcadas por alguns constrangimentos em certos campos de produção, deixaram de ter impacto no desempenho do PIB global.
Martins Afonso disse que, neste sentido, verificou-se, no período em análise, um peso do sector não petrolífero sobre o PIB, na ordem dos 75,6%.
Os sectores da construção, agro-pecuária, comércio, transportes e indústria transformadora representam os domínios nos quais tem vindo a assentar a dinâmica da diversificação das fontes de financiamento na economia nacional. Segundo conclui Martins Afonso, na habitual preleção do MEP com os jornalistas, o conjunto destes sectores representou assim, um volume de 42% sobre a evolução do PIB, relativo aos primeiros 3 meses deste ano de 2023.