Produtos da cadeia do agronegócio ocupam mais de 80% dos financiamentos do FACRA

PREI
Saturday, 30 de September de 2023, às 23h09
Produtos da cadeia do agronegócio ocupam mais de 80% dos financiamentos do FACRA

O Executivo, através do Ministério da Economia e Planeamento e das instituições de sua tutela, tem mantido o seu forte compromisso, na operacionalização do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), através de acções concretas, tendentes a formalizar os nossos micro e pequenos operadores económicos do mercado informal que, paulatinamente, têm sabido ocupar um lugar cada vez mais determinante na economia.


Dentre os vários instrumentos utilizados para dinamizar este processo, o microcrédito aparece como sendo um dos mais importantes, uma vez que concede aos operadores, o capital necessário para poderem desenvolver, com eficiência e eficácia, a sua própria actividade.


Neste âmbito, o Executivo conferiu ao Fundo Activo de Capital de Risco de Angola (FACRA), um papel-chave na atribuição de  financiamento às operadoras de microcrédito, que, por sua vez, concedem pontualmente crédito aos operadores económicos.


Nos últimos 3 anos (2020-2023), o FACRA, à luz do Decreto Presidencial nº 98/20, de 09 de Abril e no âmbito do seu escopo operacional, disponibilizou Kz 4, 8 mil milhões, para financiar projectos de micro e pequenos empreendedores nacionais, em todo o País.


Em sede do habitual Briefing Bissemanal, do Ministério da Economia e Planeamento, o Secretário de Estado para Economia, Ivan Marques dos Santos deu a conhecer que, neste período, o FACRA financiou um total de 5.372 (Cinco Mil, trezentos e setenta e dois) projectos, no montante de 5 357 400 000 (cinco mil, trezentos e cinquenta e sete milhões e quatrocentos mil kwanzas), nos mais variados sectores, com uma predominância de aproximadamente 80% em produtos da cadeia do agronegócio, a um montante de 3 876 661 877 (Três mil, oitocentos e setenta e seis milhões, seiscentos e sessenta e um mil e oitocentos e setenta e sete Kwanzas).


Os financiamentos foram abrangentes a todo o território nacional, sendo a principal beneficiária, a província de Luanda, com 1 108 (Mil e cento e oito) projectos, num montante de Kz 2 071 494 979 (Dois mil, e setenta e um milhões, quatrocentos e noventa e quatro mil, novecentos e setenta e nove kwanzas), tendo gerado 7 816 (sete mil, oitocentos e dezasseis) empregos, dos quais 5 199 (cinco mil, cento e noventa e nove), do género masculino e 2 617 (Dois mil, seiscentos e dezassete), do género feminino.


Quanto às metas para o ano em curso, observando ainda a informação prestada pelo Secretário de Estado Ivan dos Santos, o MEP, por via do FACRA, tenciona dedicar mais de Kz 6 000 000 000 (seis mil milhões de Kwanzas), ao financiamento de 11 500 projectos, dos quais 6 908 para projectos liderados por mulheres e Kz 4 592, para projectos liderados por homens, equilibrando-se assims a balança que neste momento pende para o género masculino.


A sessão desta terça feira do Briefing no domínio da economia, na Sala de Imprensa, Carlos Rocha “Dilolwa”, foi marcada também com a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e o Fundo de Garantia de Crédito, orientada pelo Secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos.


A assinatura deste memorando exprime o compromisso do Executivo perante a execução dos objetivos do PRODESI, estando, neste momento, em curso, várias iniciativas ligadas a este programa, visando garantir maior facilidade no acesso ao crédito, para beneficiar os produtores nacionais, que poderão contar com um maior entrosamento e colaboração destas instituições.

Este Memorando é mais um instrumento que vai contribuir para o aumento da produção de bens e serviços, em território nacional, bem como contribuir para o aumento do emprego, especialmente para os jovens, e facilitar a diversificação da economia.


O Executivo exorta a que os produtores de farinha de milho, arroz, farinha de trigo, massas alimentar, ovos, frangos nacionais e de outros produtos, adiram ao serviço “Feito em Angola”.

Assinaram o referido memorando a Presidente da Comissão Executiva do BDA, Patrícia de Almeida, o PCA do INAPEM, João Nkosi, e o Administrador do FGC, Eduardo Mohamed.

 

O BDA, de acordo com a sua Presidente da Comissão Executiva, Patrícia de Almeida, nutre a esperança de que, com o apoio de todos, será possível obter sucesso, sobretudo para os jovens e para as mulheres.


O INAPEM, por via do seu PCA, nota que, no âmbito dos vários constrangimentos identificados, especialmente no último semestre de 2022 e início de 2023, o BDA entende oportuno estabelecer-se este memorando de entendimento, para permitir que o ecossistema das MPME´s possa, junto do FGC e do BDA, encontrar soluções alternativas para o financiamento dos seus projectos.


Por seu turno, o administrador do FGC, Eduardo Mohamed sublinha como histórico o passo ora concretizado, uma vez que define o alinhamento dos objectivos comuns, que passam por fortalecer as MPME ́s e facilitar o acesso ao crédito por via das garantias públicas.


Lembrando que a assinatura deste memorando de entendimento aconteceu em data comemorativa do Dia Mundial das Micro, Pequenas e Médias Empresas, marco criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017. 

 





ver-mais